JORDANIA
Hoje fomos visitar a Jordânia. Ao passar na fronteira fomos revistados 03 vezes...
Parecia que estávamos em uma cena de filme...
Existe um ditado que diz: "Quem não deve não teme"... Como não temer em território desconhecido? Como ficar tranqüilo?...
A Mala do pastor Paulo foi aberta e revistada, porem ele se manteve numa postura nobre e confiante... Olharam a Bíblia dele, e com um olhar de desconfiança liberou-o...
Ao passar na fronteira o nosso passaporte ficou preso por alguns longos minutos... Estavamos em 47 pessoas uma grande lloucura... Pessoas diferentes... Crencas diferentes...
Ja tínhamos entrado no Ônibus quando apareceu um homem alto com um olhar altivo, vestindo uma farda meio cinza, com um cape que trazia na aba dianteira o símbolo da Jordânia... Entrou no Ônibus... Caminhava e olhava de um lado para o outro, como se quisesse nos amedrontar...
Fomos liberados e prosseguimos...
Ao entrar na Jordania uma sensação estranha tomou conta do meu ser... Foi me dando uma tristeza... Sentia-me deprimida, fiquei cabisbaixa... Eu estava murchando... Sem entender a causa... Uma sensação a qual não tenho palavras para descrever...
Entramos pela fronteira do Norte...
Fiquei a observar...
Terra diferente... Muitos casebres... Muitos carrões... Que tipo de gente e essa? Quem mora em casebres e que anda em carrões...
Terra diferente... Muitos casebres... Muitos carrões... Que tipo de gente e essa? Quem mora em casebres e que anda em carrões...
A estrada estava com Asfalto ruim... Muito Ruim... Todo arremendado...
Continuava a olhar e observar aquele lugar...
Quando surgiu uma vila com muitas verduras e Carnes expostas a venda...
Homens e crianças nas ruas... Poucas mulheres...
Muita sujeira... Parecia com as nossas ruas em final de feira livre...
Minha imaginação indagava e buscava respostas...
Minha imaginação indagava e buscava respostas...
Quando de repente ouço uma voz: FAMILIA... FAMILIA...
Era Richam homem baixo, sorridente, filho de uma Brasileira de Piracicaba, falava muito bem o português... Nosso Guia na Jordânia...
Richam nos fala:
- Na Jordânia tem mais de 250.000 pontos turísticos...
- 50 % da população da Jordânia vivem em Amamm.
Começou a passar algumas informações como: O dinheiro da Jordânia o Dinar... As notas são de 1, 5, 10, 20 e 50 Dinares. 1,0$ dólar equivale a 0,70 dinares.
Disse que 95% da população são Mulçumanos e 3% ortodoxos.
Contou que o Rio Jordão foi desviado em 1968. Em 1994 foi feito um tratado de Paz com Israel e Parte da água foi restituída.
Continua...
Prosseguimos...
Richam disse que iríamos visitar as Ruínas de Jerash uma das 10 cidades de Decapoli.
A Decápole foi uma confederação próspera de dez cidades, originada durante o primeiro século BCE, e vinculada por meio do poderio comercial, político e interesses culturais. Plínio mencionou a confederação em sua História Natural, citando cidades como Damasco, Philadelphia (agora Amman), Gerasa (Jerash), Scythopolis (Beisan), Gadara (Umm Qais), Hippos, Dion, Pella, Canatha e Raphana.
Chegamos... O Onibus parou em um pátio lateral de uma pequena feira de artigos regionais...
Quando coloquei meus pés no chão... Lembrei de Cuiabá-MT, rsrsrsrs... fazia um Calor tão grande... Quase insuportável... Corri para sombra de uma tenda e fiquei olhando os lenços, chapéus, os souvenires.
As pessoas me cercavam... E eu me vi entre eles...
Via um povo sofrido...
Nossa!!! Pude sentir... Por momentos... Pude sentir e viver a vida deles...
Via um povo sofrido...
Nossa!!! Pude sentir... Por momentos... Pude sentir e viver a vida deles...
Olhei para o lado e vi que havia um homem sentado em uma cadeira próxima a uma revistas do local... Ele que aparentava mais ou menos 45 anos, estava cabisbaixo e muito quieto... Me aproximei e lhe perguntei o valor de um dos seus livros exposto na prateleira... Quando ele ergueu a cabeça e pude ver os seus olhos... Meu Deus!!! MEU DEUS!!!
Que olhar triste...
Quanta tristeza...
Mas ainda assim me recebeu com um sorriso...
Aproveitei o momento e pedi para tirar uma foto dele junto a tenda...
Que olhar triste...
Quanta tristeza...
Mas ainda assim me recebeu com um sorriso...
Aproveitei o momento e pedi para tirar uma foto dele junto a tenda...
Ele aceitou e sorriu. Afinal o local recebe turistas de varias partes do mundo...
Na realidade eu queria e precisava muito, captar aquele olhar... Queria estudar aquela face...
Descobrir como e porque sua alma estava tão vazia de alegria... Fotografei e agradeci...
Naquele momento descobri que não importa qual a língua (idioma) você fala... A linguagem da alma e universal...
Os olhos falam... E eu. Eu consegui ouvir...
Naquele momento descobri que não importa qual a língua (idioma) você fala... A linguagem da alma e universal...
Os olhos falam... E eu. Eu consegui ouvir...
Saímos para ver as Ruínas... Ao subir as escadas, me deparei com uma senhora magra vestida de preto, com uma criança desnutrida em seu colo...
Ela estava sentada pedindo esmolas...
Ela estava sentada pedindo esmolas...
Jamais esquecerei...
Mães abandonadas e crianças mendigando...
Mães abandonadas e crianças mendigando...
Povo miserável que vive das esperanças futuras...
Esperam por algo que parece não existir...
Esperam por algo que parece não existir...
Percebi que um Mixto de PODER E PECADO que paira sobre aquele lugar...
Terra esquecida...
Terra Aquecida pela seca...
Ruinas nos campos...
Ruinas na alma...
Jerash que já foi terra do ouro... Hoje é terra cansada...
E as Ruínas? Haa as ruínas sobreviveram...
Jerash, situada a 48 quilómetros ao norte de Amman, é considerado um dos maiores e mais bem preservados lugares da cultura romana no mundo, fora da Italia. Atualmente, suas ruas colunatas, banhos, teatros, praças e arcos permanecem em condição excepcional. Dentro dos restos das muralhas da cidade, arqueólogos encontraram as ruínas de estabelecimento datadas na época posterior ao Neolítico, indicando a ocupação humana nesta localidade para mais de 6500 anos.
Jerash lugar quente acho que estava uns 45 graus, mas consegui caminhar para conhecer... Parei em um Bar para um refrigerante... Uma sombra. Precisava de sombra e agua fresca. Observando o Local vi pela primeira vez muitas fotos da familia do Rei
Jerash lugar quente acho que estava uns 45 graus, mas consegui caminhar para conhecer... Parei em um Bar para um refrigerante... Uma sombra. Precisava de sombra e agua fresca. Observando o Local vi pela primeira vez muitas fotos da familia do Rei
Abdullah II, e a rainha Rania, achei estranho, mas eles os adoram.